O folclore do Brasil na ponta do lápis
rioecultura : EXPO O folclore do Brasil na ponta do lápis : Galeria Gustavo Schnoor [Centro Cultural da UERJ]
COMPARTILHE
Abertura: 22 de julho de 2009
Encerramento: 28 de outubro de 2009
Artista desde os 13 anos de idade, Luiz Paulo Lopes Junior é o autor da exposição "O folclore do Brasil na ponta do lápis", que acontece na Galeria Gustavo Schnoor, no Centro Cultural da UERJ. A mostra reúne 150 peças que foram esculpidas em pontas (na contra ponta) de lápis comum modelo HB. Cada uma recebeu a forma de um personagem relativo ao folclore popular nacional. Entre eles encontramos a Iara, o boitatá, o Saci-pererê, a mula sem cabeça, a capoeira, personagens da festa junina, o bumba-meu-boi, o maracatu rural e os santos e entidades do candomblé.



A arte de esculpir na ponta (madeira e na grafite) dos lápis foi aprendida ainda na adolescência com o irmão que é artesão e escultor. Depois de um tempo afastado da escultura, Luiz Paulo voltou a esculpir nos lápis como pesquisa de suporte artístico no bacharelado de História da Arte. “No início eu gastava de três a cinco lápis para sair um. Depois foi passando para três. Hoje eu olho o lápis e já nem desenho mais em cima dele, eu vejo e sei para que lado vão ficar a mão e o pé (as mãos e os pés). Eu começo a esculpir sem desenhar e sem tirar nada dele. Eu vou dando a forma correta e eu tenho um acerto de quase 90%”, afirma Luiz Paulo.

Os primeiros lápis foram versões rudimentares dos atuais modelos padronizados. Eram grossos pedaços de grafite usados, por carpinteiros e artesãos, para fazer marcas. Posteriormente passaram a ser envolvidos por fios que iam sendo desenrolados à medida em que o escrivão o utilizava. Atualmente, os lápis são produzidos em larga escala a partir de blocos de cedro, cortados em ripas. Uma máquina produz os sulcos onde são colocados os bastões de grafite. Uma segunda ripa com sulcos é colocada sobre a primeira. As junções das ripas são lixadas e diversas camadas de tinta são aplicadas, dando ao lápis a aparência de uma estrutura sólida.

"Ao longo dos anos, sua prática artística foi encaminhando pesquisa sobre novas formas técnicas e suportes em escultura, orientado por propostas de artistas modernistas. Durante oito anos se afastou da arte retornando só recentemente a ela. Desde então tem participado de mostras e exposições, como a realizada na X Semana da Cultura Popular – 2007 (UERJ) e na 3ª Mostra de Arte Contemporânea – 2008 (Rio das Ostras)” esclarece Cascia Frade, curadora da exposição. Logo após a abertura, o publico será convidado a debater os temas relacionados à mostra no Teatro Noel com Guacira Waldeck do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) do Iphan/MinC.
Local:
Galeria Gustavo Schnoor [Centro Cultural da UERJ]
Rua São Francisco Xavier, 524
Maracanã
(21) 2587-7004

Funcionamento:
De 2ª a 6ª feira, das 9h às 20h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.