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Abertura: 8 de junho de 2009 |
Encerramento: 12 de julho de 2009 |
Ao longo dos seus 35 anos de carreira, João Roberto Ripper aliou a excelência fotográfica à militância social como poucos. Seus trabalhos, apoiados sobre total domínio técnico e apuro estético impressionante, fascinam não só pela beleza, mas por retratarem a realidade crua e sem concessões. Ripper cobriu o Brasil de norte a sul, com um olhar poético e investigativo, provocou "furos de reportagem" e ganhou vários prêmios internacionais com seus projetos artísticos focados nos Direitos Humanos.
O público terá a oportunidade de ver a sua primeira exposição individual no Brasil, e conhecer o trabalho, alguns deles inéditos, deste fotógrafo. Com curadoria de Dante Gastaldoni, "Imagens Humanas" exibe 60 ampliações e um grande painel de retratos, um mosaico de rostos de brasileiros de diversas regiões, raças, cores, selecionadas de um arquivo de mais de 150 mil fotos.
A mostra é uma das principais exposições do FotoRio 2009 - Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, que acontece desde 2003 e promove exposições, oficinas, mesas-redondas, palestras, leitura de portfólio, projeções e intervenções urbanas em vários pontos da cidade. "Poucas imagens são tão radicalmente humanas quanto as fotografias produzidas por João Roberto Ripper. Elas são fruto de um olhar humanista sobre os muitos territórios que integram nosso país e constituem um vigoroso painel fotográfico do povo brasileiro.
O fio condutor desta documentação fotográfica são os direitos humanos que sempre nortearam Ripper", declara Dante Gastaldoni, curador da exposição. Para fazer um recorte do enorme acervo de Ripper e apresentar uma representativa demonstração de seu trabalho, a exposição foi dividida em cinco módulos temáticos: Amor, Alegria, Dor, Superação e Liberdade. Os ensaios que marcam a documentação fotográfica de J.R. Ripper (índios, carvoeiros, trabalho escravo etc.) reaparecem caracterizados por sentimentos que transbordam de suas fotos e que conduzem o fotógrafo em sua busca por mundo socialmente mais justo. Complementando os referidos núcleos, será apresentado um grande painel com pequenos retratos que nos olham de frente, um mosaico que instiga o público a ver bem de perto o povo brasileiro na sua individualidade, do mesmo modo como o fotógrafo o observa.
"Ripper chega perto, convive, cria intimidade e ganha a cumplicidade do fotografado. Quase sempre ele utiliza objetivas de curta distância focal e isso o obriga a estar sempre por perto das pessoas que fotografa", explica Gastaldoni. Além de seu trabalho como fotógrafo, João Roberto Ripper está à frente da agência-escola Imagens do Povo, criada em 2004, na Maré, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro.
Na agência-escola ele ensina fotógrafos e os prepara para o mercado de trabalho. O curso oferece uma formação requintada e uma extensa carga horária que ultrapassa os cursos oferecidos nas universidades brasileiras. Com seu trabalho exposto em diversas galerias e instituições nacionais e internacionais, esses jovens fotógrafos herdaram de Mestre Ripper o talento, a obstinação e o sonho de um Brasil mais fraterno e justo.
Após a temporada no Rio de Janeiro, a mostra será apresentada na CAIXA Cultural São Paulo, entre os meses de agosto e setembro. Em dezembro deste ano também será lançado um livro com o mesmo nome da exposição, como parte das comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. |
Local:
Teatro Nelson Rodrigues [CAIXA Cultural Rio]
Avenida República do Chile, 230 - anexo
Centro
(21) 2262-5483
Funcionamento:
De acordo com cada evento
Ingresso:
De acordo com cada evento
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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