Meias verdades [Sophie Calle, Greg Shephard e Pierrick Sorin]
rioecultura : EXPO Meias verdades [Sophie Calle, Greg Shephard e Pierrick Sorin] : Futuros - Arte e Tecnologia [Oi Futuro Flamengo]
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Abertura: 28 de abril de 2009
Encerramento: 28 de junho de 2009
Exposição reúne trabalhos audiovisuais e fotográficos dos artistas franceses Sophie Calle, Valérie Belin e Pierrick Sorin.

Sob curadoria de Ligia Canongia e Adon Peres, a mostra é parte de "França.Br 2009", Ano da França no Brasil [21 de abril a 15 de novembro], organizado na França, pelo Comissariado geral francês, pelo Ministério das Relações Exteriores e Européias, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação e por Culturesfrance, e no Brasil, pelo Comissariado Geral Brasileiro, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores.

Os três artistas trabalham no limite de realidade e ficção, especulam a ambiguidade dos acontecimentos reais e inventados. Calle, Solin e Belin são contemporâneos consagrados na França e no exterior.



Sophie Calle, representante francesa na Bienal de Veneza de 2007, trabalha com registros de memória do vivido, usando a literatura, fotografia, vídeo e instalação. Nesta mostra, a curadoria escolheu o longa metragem, de 1992, "Double blind", uma parceria de Calle e o inglês Greg Shephard. O filme é um diário íntimo dos dois durante uma viagem de carro de Nova York à Califórnia. Cada um com uma câmera, a dupla se filma e revela suas impressões e seus sentimentos reais. Simultaneamente, a voz de Calle, como uma narradora onisciente, analisa os acontecimentos. Este jogo duplo coloca o espectador diante dos limites do vivido e do imaginado.

Em fotografias de grandes formatos, Valérie Belin desvitaliza digitalmente o objeto registrado. Nas séries desta exposição, a artista mostra retratos de jovens modelos e máquinas. A aparência das fotos é uma espécie de miragem entre o real e o irreal, ilustrando perfeitamente o título do evento, MEIAS VERDADES. Livres de imperfeições, e de certa forma arrepiantes, Belin reduz à expressão mínima a "vitalidade" do objeto fotografado. Os retratos remetem mais a humanóides do que a humanos. Seus efeitos metaforizam a morbidez dos ícones da cultura contemporânea.

Pierrick Sorin apresenta duas instalações videográficas, em que ele é o único ator, misturando a verdade e o imaginado. "Retratos de cidade" [Portrait de Ville], é um "quadro animado", de formato ultrapanorâmico, em que embarcações navegam por um rio de paisagem fixa. Em cada barco, está o artista, representando 60 personagens diferentes, que contam fatos históricos e atuais da cidade de Nantes ou da vida em geral. Sempre com o humor como crítica, Sorin assina "Projetos de artistas" [Nantes: Projets d´Artistes]. Em forma de reportagem, o filme mostra intervenções, no espaço público de uma cidade francesa, de sete artistas europeus apaixonados por novas tecnologias. De início, os projetos parecem reais, até o espectador perceber semelhanças físicas entre seus autores: todos são Pierrick Sorin diante de trabalhos criados por ele, que zombam dos discursos artísticos, políticos e jornalísticos.

Veja algumas imagens da exposição
Local:
Futuros - Arte e Tecnologia [Oi Futuro Flamengo]
Rua Dois de Dezembro, 63
Flamengo
(21) 3131-3060

Funcionamento:
De 3ª a domingo, das 11h às 20h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.