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Abertura: 22 de abril de 2009 |
Encerramento: 14 de junho de 2009 |
O Centro Cultural Justiça Federal e a PSA Peugeot Citroën apresentam a exposição multimídia “A rua é nossa... É de todos nós!”, produzida pelo Institut pour la Ville en Mouvement (Instituto para a Cidade em Movimento), e por Soluções Urbanas, de Bertrand Rigot-Muller. Pela primeira vez no Brasil, o tema da rua será tratado em todas suas vertentes: arquitetônicas, urbanísticas, antropológicas, sociais, políticas e culturais. A exposição será organizada em quatros módulos temáticos e internacionais, que farão um diálogo e uma interação com a parte nacional, que abordará questões especificas das ruas no Brasil, particularmente no Rio.
“A rua é nossa... É de todos nós!” ocupará as salas do primeiro e segundo andar do prédio centenário do Centro Cultural Justiça Federal. A partir de vídeos, projeções, painéis fotográficos, que ilustram aspectos contemporâneos das ruas e mostram projetos bem-sucedidos de arquitetura e urbanismo, o evento irá enfocar as paisagens de cidades dos cincos continentes. O público poderá observar, por meio dessas imagens as mutações que vêm sendo observadas nas ruas de hoje, e os projetos que pretendem torná-las um espaço de vida compartilhado.
A parte internacional foi concebida por François Ascher, renomado especialista da área de arquitetura e urbanismo, professor do Institut Français d’Urbanisme, e por Mireille Apel-Muller, criadora junto com ele do IVM, do qual é sua diretora geral. A curadoria da parte brasileira será feita por Margareth da Silva Pereira, professora no PROURB da UFRJ, especialista em história das cidades e do urbanismo e das questões relativas à rua nas cidades brasileiras.
Estão previstas manifestações paralelas ligadas ao tema da rua: exposições, audiovisuais, mostra de filmes, intervenções artísticas e um seminário universitário. O evento integra a programação oficial do Ano da França no Brasil.
“Para os brasileiros, a rua é quase uma extensão de suas casas. No Brasil, cultiva-se, intensamente, a vida ao ar livre, nos espaços abertos, sob o domínio das ruas e de suas esquinas... Sabemos que a rua é nossa e somos a rua, mas com qual freqüência nos perguntamos se a rua que é nossa é realmente de todos nós?”, questiona a curadora Margareth da Silva Pereira.
O IVM concebeu e realizou “A rua é nossa... É de todos nós!” para debater e imaginar novas maneiras de ordenar e administrar as ruas. A exposição foi inicialmente realizada em Paris, em 2007, e depois percorreu um grande circuito internacional, em cidades como Xangai, Montreal, Buenos Aires, Bogotá, Santiago do Chile, sempre com módulos relativos à situação local. Em 2009, além do Rio, será realizada no Uruguai, México e Estados Unidos.
A exposição “A rua é nossa... É de todos nós!” procura refletir a questão fundamental do compartilhamento da rua, do que há de público, por excelência, nas cidades. As informações expõem as mazelas de 42 cidades dos cinco continentes, cruzando olhares em múltiplas mídias: um espetáculo audiovisual, testemunhos, ilustrações e questionamentos, projetos de arquitetura e de urbanismo e mais de uma centena de fotografias provenientes de grandes agências da imprensa internacional e de fotógrafos cariocas.
Quatro
módulos temáticos principais estruturam a exposição
e procuram questionar "O que é a rua?" ou "Para onde
estão indo as ruas?" |
1. |
Você
não está na rua: você é a rua!
Audiovisual imersivo que propõe explorar a rua como um lugar de cidadania,
no qual os habitantes se engajam e participam de sua organização,
chamando a atenção para o fato que a rua é nossa e
é de todos. |
2. |
13 questões que dizem respeito à rua e à vida coletiva
O estacionamento, a limpeza, a segurança das crianças, os
transportes públicos, os animais, as entregas, o acessibilidade aos
cidadão com mobilidade reduzida, as profissões, o pedágio,
a arte, os detalhes de organização, a sinalização
são aspectos debatidos na exposição. |
3. |
As
ruas como mídias, lugares e meios de comunicação e
de troca
A exposição discute os novos dispositivos tecnológicos
e comerciais como celular, propaganda interativa e games que podem colocar
a informação onde as pessoas circulam. |
4. |
A
rua dos cidadãos
Imagens de 50 projetos desenvolvidos na última década em diferentes
países, que revelam novos dispositivos que permitem representar a
diversidade dos usuários e papéis da rua, e também
seus debates, tornando as ruas mais habitadas, intensas, múltiplas,
mostrando suas mudanças: ruas verticais, intermodais ou simplesmente,
em mutação. |
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Parte
brasileira [carioca] - Seis módulos |
Dialogando
com a parte internacional, esses módulos enfocam mais especificamente
temas que espelham o papel das ruas na estruturação da paisagem
urbana, discutindo seus problemas e potencialidades, presentes também
em outras capitais do país. |
1. |
Memória
da rua
Certas ruas, mais que outras, guardam a história das cidades, das
coisas que permanecem, das que se modificam. Neste ano, o Centro Cultural
da Justiça Federal completa 100 anos, e sua relação
com a Avenida Rio Branco será destacada na exposição. |
2. |
O
governo da rua
Como a rua é desenhada, gerida e dotada de equipamentos. Quando e
onde ela ganha água encanada, esgotamento sanitário, árvores
e dispositivos de controle de trânsito e segurança. A assimetria
da prestação de serviços públicos, seu gerenciamento,
seus impasses. |
3. |
A
economia da rua
A expansão horizontal da cidade se deu em loteamentos irregulares,
áreas invadidas, mas também em centenas de hectares construídos
em loteamentos regulares pelo poder público. Os conflitos urbanos
gerados pela expansão horizontal das cidades são muitos. Os
mais graves são a assimetria dos serviços públicos
prestados à população, o tempo e o custo do percurso
casa-trabalho, a falta de manutenção das ruas ou sua precariedade.
O que podemos pensar sobre a expansão excessiva das cidades brasileiras
e de suas ruas?. Quem se beneficia com a multiplicação de
quilômetros abertos de ruas no Brasil a cada ano? Quem trabalha na
rua e com a rua? Quais são os ofícios das ruas? |
4. |
A
poesia da rua
Quando a rua se torna festa e arte. As comemorações esportivas,
os movimentos cívicos, o Carnaval. As formas de expressão
pública da identidade de grupos: os artistas, os grafites, os músicos. |
5. |
Precariedade
e informalidade
A fronteira entre o dinâmico, o informal e o precário é
tênue na dinâmica das ruas brasileiras. A vida na rua, todas
as improvisações. |
6. |
Utopia
As ruas do futuro e do presente. Os projetos de ruas dos anos 1930 e as
visões dos críticos da época. As ruas dos anos 1960. |
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França.Br
2009 |
França.Br
2009, o Ano da França no Brasil, compreende eventos de 21 de abril
a 15 de novembro, e é organizado: |
Na
França - Comissariado geral francês, Ministério
das Relações exteriores e européias, Ministério
da Cultura e da Comunicação, e Culturesfrance;
No Brasil - Comissariado geral brasileiro, Ministério da Cultura
e Ministério das Relações Exteriores. |
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Institut
pour la Ville en Mouvement |
O
IVM é uma ONG financiada pelo grupo PSA Peugeot Citroën, e tem
por missão testar soluções concretas, permitir comparações
internacionais e identificar abordagens arquitetônicas e urbanísticas
originais. Ele mobiliza especialistas e saberes multidisciplinares, difunde
conhecimentos e sensibiliza a opinião pública para os desafios
que representa a questão dos diferentes tipos de mobilidades para
a sociedade contemporânea. Realiza eventos, seminários, publicações
e dá apoio a trabalhos, estudos, experiências e ações.
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Soluções
Urbanas |
Soluções
Urbanas é uma empresa de consultoria e projetos, criada em 2005 por
Bertrand Rigot-Muller, francês residente no Brasil há
mais de trinta anos. A área de abrangência de Soluções
Urbanas é a cidade em prol de sua organização e de
seu desenvolvimento harmonioso. Seus meios de atuação são
múltiplos, tanto nas áreas da pesquisa como na realização
de projetos, sempre trabalhando que profissionais especializados em cada
uma das áreas em que atua. |
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Local:
Centro Cultural Justiça Federal (CCJF)
Avenida Rio Branco, 241
Centro
(21) 3261-2550
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 12h às 19h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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