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Abertura: 25 de março de 2009 |
Encerramento: 24 de abril de 2009 |
Convidados pela Amarelonegro Arte Contemporânea, os artistas Fernanda Junqueira e Neno del Castillo reúnem-se nesta exposição pela afinidade e proximidade da produção atual. Além da amizade, os artistas possuem em comum uma relação quase orgânica com o desenho e um procedimento serial no trabalho – características que os uniu em outras mostras coletivas.
Nesta exposição são apresentados trabalhos inéditos, que guardam outra afinidade: a relação com a cidade onde moram, trabalham e criam. Os artistas cariocas cresceram em meio ao caos urbano e à natureza esplendorosa da cidade do Rio de Janeiro – e por ela, atravessaram inúmeras fases de amor e ódio.
FERNANDA JUNQUEIRA
Hoje, permitem que a cidade os invada e alcance o cerne do processo artístico.
Com carreiras independentes e pesquisas norteadas por interesses singulares é curioso constatar como os seus trabalhos dialogam. Apesar da diferença matérica, eles mantêm acordes afinados e oferecem momentos de larga poesia.
Fernanda Junqueira apresenta a Série Camarupa, que se subdivide em Camarupa Nuvens - seis pinturas em esmalte sobre tela - e Camarupa Água, vídeo-arte que registra uma experiência em situ.
Camarupa é o nome de uma divindade indiana que tem como atributo mudar as formas das coisas visíveis. A denominação foi retirada, com licença poética, do ensaio de Goethe, “O Jogo das Nuvens”, baseado na obra do metereologista inglês Luke Howard sobre as classificações das nuvens.
NENO DEL CASTILLO
No vídeo-arte de Fernanda, Camarupa se apresenta na forma liquida, no vai e vem das ondas do mar e diverte-se em alterar a disposição dos desenhos feitos de fios emaranhados ou discos de borracha negra que a artista coloca na beira da praia. Em Camarupa Nuvens, a divindade é representada na sua forma aérea e mutável através das massas e linhas pictóricas que se interpõem na superfície da tela.
Neno Del Castillo apresenta sete desenhos onde dá continuidade a série Monumentália Carioca criando o segmento Cartas ao Rio, Ar.
Áreas locais ou além dos limites geográficos da cidade são representados por grandes massas de bastão oleoso preto sobre papel gerando contornos precisos, lá onde o ar fica opaco.
Esses quase postais evidenciam uma leitura "seca", sem variações tonais, densidades cromáticas e outros subsídios. São planos cuidadosamente preparados, desprovidos de uma similitude com o real, onde cartografias aéreas se desenvolvem com plena liberdade. |
Local:
Amarelonegro Arte Contemporânea
Rua Visconde de Pirajá, nº 111, Loja 2
Ipanema
(21) 2247-3086
Funcionamento:
De 2ª a 6ª feira, das 11h às 19h Sábado, das 11h às 16h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
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