|
Abertura: 6 de fevereiro de 2009 |
Encerramento: 31 de março de 2009 |
Com obras de nomes sugestivos como "Salve a Amazônia, não coma churrasco hoje", "Eu era jovem e precisava do dinheiro", "Maria da Silva, humilhada como se fosse da família" e "Cecília, só largou o marido depois que ele também bateu na filha", trata-se de uma manipulação semi-óbvia - os títulos oferecem ao espectador uma opção de ver e entender a obra. Chamado de “re-tropicalismo”, este estilo tanto se refere ao movimento sessentista quanto explora a sua evolução até o seculo 21.
A escolha do material, seja tela, papel ou plexiglas, é tão importante como a seleção das cores, na tentativa de despistar o espectador. Já que as figuras não remetem diretamente à mensagem artística, os títulos não deixam dúvidas da intenção. O contraste que aparece entre o conforto ao ver as obras (a alegria e a naividade), e o mal estar (a sobriedade e crueldade), causado durante a leitura dos seus títulos, formam o ponto de partida, que leva a uma análise e reflexão sobre o mundo globalizado nos grandes centros urbanos.
Os problemas, as ambiguidades e desafios são os mesmo, seja em São Paulo, Paris ou Tókio. A injustiça social, a decadência moral e a crise política, são lugares comuns para o espectador no mundo inteiro. Este reconhece a sí e seu ambiente, nas obras. Assim consegue se identificar com temas que são tipicamente brasileiros apenas a primeira vista. Ao mesmo tempo as obras são capazes de agradar estéticamente e convencer intelectualmente, criando um desafio.
SOBRE A ARTISTA
Adriana Woll (*1972, São Paulo) é uma observadora. Coleciona suas idéias em viagens pelo mundo e tenta visualizar histórias atrás das imagens. Desde que se formou na Escola Panamericana de Arte de São Paulo, vem explorando diversos estilos e técnicas para expressar o resultado de suas reflexões da melhor forma possível. Isto não significa que facilita a percepção do público, porque o tema principal dos quadros está escondido atrás de curvas e cores, como se estivesse maquiando a realidade.
Desta forma, a obra de Adriana Woll é o exercício de unificar os contrastes, formando um estilo único, de grande identificação visual. Criou uma linguagem própria, inconfundível, crítica e resistente, sem perder sua individualidade, que é forte e original.
|
Local:
SESC Ramos
Rua Teixeira Franco 38 - 2º andar
Ramos
(21) 2290-3614
Funcionamento:
De 3ª a 6ª feira, das 9h ás 18h
sábado e domingo, das 8h ás 17h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair. |
|
|