A mostra Fotografias, com 65 obras, tem Sérgio Burgi como curador, acontecerá na nova galeria do IMS, no piso térreo do recém-construído anexo à sua sede, e celebra a chegada da obra de Stupakoff ao IMS, marcando o início dos estudos e trabalhos curatoriais que serão realizados sobre os 50 anos da carreira do fotógrafo, fundamentais para a compreensão do desenvolvimento da fotografia no Brasil, tanto nas áreas de moda e publicidade como na linguagem de expressão pessoal e criativa.
Sobre Otto Stupakoff
Otto Stupakoff é paulistano e foi o primeiro fotógrafo de moda brasileiro. Em 1965, aos 30 anos de idade e no auge de seu sucesso no Brasil, muda-se para Nova York. A partir de então, fez editoriais de moda para as revistas mais importantes do mundo, como Harper´s Bazaar, Vogue (francesa, inglesa, italiana, alemã), Elle, Marie Claire, Life e Cosmopolitan. Otto ficou ainda mais conhecido pelos seus retratos. Posaram para suas lentes desde divas como Grace Kelly até o então presidente dos EUA, Richard Nixon. Nos anos 80, Otto volta ao Brasil num esforço para contribuir com a evolução da arte no país. Por questões de mercado, sua produção torna-se menor, e ele retorna aos EUA, onde fixa residência até regressar, em 2005.
Nos diversos momentos de sua carreira, tanto no Brasil como no exterior, o que caracterizou seu trabalho fotográfico, pessoal e profissional, ao longo dos mais de 50 anos de atividade foi sempre, como afirma Fernando Lazslo, a “delicadeza, graça e imenso humanismo de seu olhar”.
Em 2008 sua obra fotográfica completa do período de 1955 a 2005 é incorporada pelo Instituto Moreira Salles, que detém o principal acervo sobre a fotografia brasileira no país.
Imagens na Ásia
O trabalho profissional estritamente ligado à beleza e à estética não minou a eterna busca de Otto pela delicadeza e pelo humanismo. Emprestando à beleza um sentido mais amplo, seus trabalhos autorais e viagens serviram para evidenciar um olhar associado à expressão e documentação de figuras humanas ou não.
– Na Ásia, ele captou registros marcantes de alguns horrores ocorridos em países com o Camboja – conta Burgi. – Trabalhos destinados a causas sócias e humanitárias. Queremos agora aprofundar a leitura de suas imagens. Para que possamos entender a sua capacidade de trabalhar de dentro para fora, colocando sua expressividade nos projetos mais variados possíveis.
Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 13h às 20h
Ingresso:
Entrada e estacionamento gratuitos
Atenção: os horários
e a programação podem ser alterados pelo
local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável
confirmar as informações por telefone antes
de sair.